Via Carta Capital -
Mobilizados contra a Copa do Mundo, movimentos sociais participarão da primeira “Copa Rebelde” neste final de semana, em São Paulo. O campeonato é organizado pelo Comitê Popular da Copa, formado por militantes de diferentes movimentos para questionar as consequências sociais da competição realizada pela Fifa.
“A brutal transformação do futebol em negócio tem seu capítulo mais perverso na realização da Copa da Fifa de 2014. Trabalhadores, moradores e torcedores pobres, todos vêm sendo sistemática e violentamente varridos pra fora do cenário. Mas o futebol popular não morreu: resiste em cada campo de várzea, em cada jogo na rua, em cada pelada, baba ou bate-bola nos espaços cada vez mais escassos para a prática popular do esporte, graças à especulação imobiliária e ao total descaso do poder público com a população pobre do país”, diz o site do comitê.
O "mascote" da Copa Rebelde é uma versão feminina (mascarada e com o punho em riste) do tatu Fuleco, o mascote oficial da Copa do Mundo de 2014.
Entre os movimentos inscritos para o campeonato estão movimentos de moradia como a Frente de Luta por Moradia, o MSTC (Movimento Sem Teto do Centro) e o MMPT (Movimento Moradia Para Todos). Indígenas deverão participar do campeonato, organizados na Comissão Guarani Yvyrupa. A Marcha da Maconha e o Movimento Passe Livre também deverão participar. O campeonato acontece na antiga rodoviária da luz, no centro da cidade, a partir das 10 horas da manhã deste domingo 15.
Organizado pelo Comitê Popular da Copa, campeonato em São Paulo terá MPL, Marcha da Maconha, movimentos de moradia, indígenas e ambulantes organizados |