ROGER MCNAUGHT -
Na última quinta-feira, dia 8 de dezembro, mais um capítulo
da covardia do governo do estado contra os mais necessitados foi exposto em
frente à Assembleia Legislativa.
Mães de família, trabalhadores e idosos protestavam contra o
calote promovido pelo governo do estado no pagamento do aluguel social – um
valor por si só já irrisório diante dos preços da moradia no rio que aumentam
de forma assustadora.
Não se trata de um benefício baseado apenas na necessidade
mas de uma reparação pois das nove mil e seiscentas famílias inscritas no
aluguel social, aproximadamente três mil dessas famílias foram removidas de
suas casas por decisão governamental, desde obras do PAC até obras estruturais,
ou seja, o governo retirou essas pessoas de suas casas próprias, as colocou no
aluguel social provisoriamente – até a construção de novas unidades
habitacionais – e agora suspende o benefício sem entregar as moradias
prometidas, deixando a população à própria sorte.
Muitas outras famílias são vítimas de desastres naturais
como a tragédia da região serrana ocorrida há alguns anos e que desde então
aguardam por unidades habitacionais e agora também se encontram totalmente
desamparadas. Após o desastre natural,
agora são também vítimas do desastre do desgoverno do estado.
A calamidade do Rio de Janeiro, ao contrário do que se
acredita, não é econômica mas política e de caráter. Pessoas são expulsas de suas residências c om
idosos e crianças, jogadas nas ruas, barbarizadas pelas forças repressivas do
estado e tratadas como um incômodo por aqueles que detém o poder de
decisão. Quem irá responsabilizar esses
covardes por todos os danos, humilhações e sofrimento causados ao nosso povo?
Pobre Rio de Janeiro...