DANIEL MAZOLA -
Francisco Chaves, fotógrafo, que passou por diversas empresas jornalísticas, e hoje é um midiativista-militante do jornalismo ético e combativo, foi um dos primeiros profissionais de imprensa a chegar ao local do grave acidente de ontem.
Ele relatou ao Blog Tribuna da Imprensa online, logo após o grave acidente, provocado
pelo motorista de um caminhão que estaria a serviço da prefeitura, e com a
caçamba levantada, que derrubou uma passarela, deixando pelo menos quatro pessoas mortas e cinco feridos. "Moradores da Águia de Ouro e da União de Del
Castilho, duas comunidades às margens da Linha Amarela, antes interligadas pela
estrutura, prestaram socorro e solidariedade".
Foto: Francisco Chaves |
Segundo o fotógrafo, os moradores foram os primeiros a
chegar ao local do acidente, e prestar atendimento aos feridos, entre eles,
vizinhos, conhecidos ou amigos. Quem estava por perto procurou ajudar como
podia, seja oferecendo água gelada às equipes de resgate, seja dando apoio aos
familiares das vítimas.
O enfermeiro da Marinha Adam Nascimento Rocha estava dormindo quando ouviu o estrondo da queda da passarela. Sem camisa e apenas com o celular no bolso, ele se levantou e saiu correndo de sua casa, na Águia de Ouro, a poucos metros da passarela.
— Cheguei, e havia um motoqueiro com uma fratura exposta no braço, se queixando de dor. Prestei um atendimento emergencial. Eu o tranqüilizei e continuei no atendimento das vítimas em estado mais grave. Uma senhora estava com a bacia quebrada e outra, moradora da comunidade, já tinha ido a óbito. Quando os bombeiros chegaram, eu me identifiquei, peguei luvas e continuei a ajudar — contou Adam, que ajudou no socorro durante cerca de uma hora e meia.
— Algumas das pessoas estavam ainda sob as estruturas, que estavam frágeis, então tive o cuidado de afastar os leigos para que não pisassem nos escombros, porque isso poderia afetar quem estivesse embaixo — contou, acrescentando que atravessava a passarela todos os dias para ir ao trabalho. Ontem só não fez isso porque estava de folga.
Apesar da tranqüilidade, a voz do enfermeiro ficou embargada ao falar do amigo de infância e vizinho Adriano Moreira, de 26 anos, que usava a passarela no momento da batida, teve o corpo atirado num rio e não resistiu aos ferimentos.
— Tentei ajudar no que deu, mas não pude chegar ao Adriano. Talvez, se o atendimento dos bombeiros tivesse chegado mais rápido, ele pudesse ter sido salvo — lamentou Adam.
Morador da União de Del Castilho, o motoboy Luís Felipe Lima foi quem prestou os primeiros socorros a Adriano. Assustado com o barulho da queda da passarela, ele saiu de casa e foi em direção à nuvem de poeira que se formou no local. Em meio aos gritos de socorro, o motoboy ouviu que havia uma vítima no rio. Junto com um amigo, conseguiu retirar Adriano.
— Ele estava com metade do corpo sobre um pedaço de concreto, e a outra metade, inclusive a cabeça, debaixo d’água. Eu vi que ele se mexia como se pedisse ajuda — lembrou Luís Felipe, que lamenta não ter conhecimento de primeiros socorros. — Nós fizemos o que podíamos, mas não deu. Nós o tiramos ainda com vida dali, depois vieram o pai e o irmão dele, mas, quando os bombeiros chegaram, já era tarde. Este dia vai ficar marcado na minha memória.
Líder comunitário do Complexo União de Del Castilho, que reúne as cinco favelas do entorno, Alexsander Gomes estava a caminho da passarela quando o acidente ocorreu. Ex-motorista de caminhão, ele foi imediatamente verificar a situação do condutor do veículo que bateu contra a passarela.
— Ele estava muito nervoso, preso entre o banco e o volante. Nós tentamos acalmá-lo, até que o Samu (ambulância) chegou — lembrou.
Munida de uma panela com pedras de gelo, garrafas d’água e copos de plástico, a vigilante Rose da Silva tentava dar conforto a quem trabalhava em meio ao caos que se instalou quase em frente à sua casa, na comunidade União de Del Castilho. Ela estava trabalhando quando tudo aconteceu, e assim que chegou a casa, por volta de meio-dia e meia, tratou de abastecer o freezer com água para fazer gelo.
O enfermeiro da Marinha Adam Nascimento Rocha estava dormindo quando ouviu o estrondo da queda da passarela. Sem camisa e apenas com o celular no bolso, ele se levantou e saiu correndo de sua casa, na Águia de Ouro, a poucos metros da passarela.
— Cheguei, e havia um motoqueiro com uma fratura exposta no braço, se queixando de dor. Prestei um atendimento emergencial. Eu o tranqüilizei e continuei no atendimento das vítimas em estado mais grave. Uma senhora estava com a bacia quebrada e outra, moradora da comunidade, já tinha ido a óbito. Quando os bombeiros chegaram, eu me identifiquei, peguei luvas e continuei a ajudar — contou Adam, que ajudou no socorro durante cerca de uma hora e meia.
— Algumas das pessoas estavam ainda sob as estruturas, que estavam frágeis, então tive o cuidado de afastar os leigos para que não pisassem nos escombros, porque isso poderia afetar quem estivesse embaixo — contou, acrescentando que atravessava a passarela todos os dias para ir ao trabalho. Ontem só não fez isso porque estava de folga.
Apesar da tranqüilidade, a voz do enfermeiro ficou embargada ao falar do amigo de infância e vizinho Adriano Moreira, de 26 anos, que usava a passarela no momento da batida, teve o corpo atirado num rio e não resistiu aos ferimentos.
— Tentei ajudar no que deu, mas não pude chegar ao Adriano. Talvez, se o atendimento dos bombeiros tivesse chegado mais rápido, ele pudesse ter sido salvo — lamentou Adam.
Morador da União de Del Castilho, o motoboy Luís Felipe Lima foi quem prestou os primeiros socorros a Adriano. Assustado com o barulho da queda da passarela, ele saiu de casa e foi em direção à nuvem de poeira que se formou no local. Em meio aos gritos de socorro, o motoboy ouviu que havia uma vítima no rio. Junto com um amigo, conseguiu retirar Adriano.
— Ele estava com metade do corpo sobre um pedaço de concreto, e a outra metade, inclusive a cabeça, debaixo d’água. Eu vi que ele se mexia como se pedisse ajuda — lembrou Luís Felipe, que lamenta não ter conhecimento de primeiros socorros. — Nós fizemos o que podíamos, mas não deu. Nós o tiramos ainda com vida dali, depois vieram o pai e o irmão dele, mas, quando os bombeiros chegaram, já era tarde. Este dia vai ficar marcado na minha memória.
Líder comunitário do Complexo União de Del Castilho, que reúne as cinco favelas do entorno, Alexsander Gomes estava a caminho da passarela quando o acidente ocorreu. Ex-motorista de caminhão, ele foi imediatamente verificar a situação do condutor do veículo que bateu contra a passarela.
— Ele estava muito nervoso, preso entre o banco e o volante. Nós tentamos acalmá-lo, até que o Samu (ambulância) chegou — lembrou.
Munida de uma panela com pedras de gelo, garrafas d’água e copos de plástico, a vigilante Rose da Silva tentava dar conforto a quem trabalhava em meio ao caos que se instalou quase em frente à sua casa, na comunidade União de Del Castilho. Ela estava trabalhando quando tudo aconteceu, e assim que chegou a casa, por volta de meio-dia e meia, tratou de abastecer o freezer com água para fazer gelo.
São pessoas como as que prestaram socorro aos
feridos, incluindo aí os bombeiros e paramédicos, que dignificam a raça humana.
Mas do outro lado temos desumanos, empresários e governantes que apenas visam
lucros. A
falta de fiscalização da empresa envolvida na concessão pública, a Lamsa, e o
péssimo serviço prestado ao usuário da via, precisam ser investigados e revisto.
A população exige mobilidade urbana digna, segura e TARIFA ZERO JÁ!
Ato seguiu até a Central do
Brasil
No segundo ato contra o aumento das passagens,
organizado pelo Coletivo Passe livre Rj,
apesar das provocações da polícia, que tentou
intimidar manifestantes, alegando o uso de máscaras, tudo transcorreu normal da
Candelária a Central. O Batman, figura conhecida das manifestações, chegou a
ser detido por estar usando máscara, mas logo depois foi liberado. Na Central do Brasil, a revolta da população com o transporte público e
com a tarifa, se juntou ao “pulão” das roletas.
Na hora da volta para casa, centenas de trabalhadores
juntaram-se aos manifestantes para pular as catracas da Estação Central.
Pessoas que sofrem diariamente com o péssimo serviço prestado pela SuperVia,
entoaram "Ei, Fifa, paga a minha tarifa", entre outros gritos de
ordem.
Muitos pularam ou passaram por baixo
das roletas, indo
para casa sem pagar tarifa. Foi comentado que o congestionamento
diminuiu, pois a fila para a compra de passagens deixou de existir, e muitos puderam passar direto sem o controle das
catracas. Isso é só uma mostra das melhorias sociais que
teremos com a TARIFA
ZERO para a população.
Tensão na Lapa
Alguns manifestantes que resolveram seguir após o Ato pelas ruas do centro, ao cruzarem os Arcos da Lapa tentaram fechar a via. A Polícia Militar, que acompanhava o Ato de longe, se aproximou de forma agressiva tentando impedir a ação. Advogados que acompanhavam a manifestação intervieram e acalmaram os ânimos.
A PM permaneceu na calçada encarando os manifestantes que decidiram ficar nas calçadas das colunas dos Arcos. Os manifestantes dispersaram, e tudo chegou ao fim sem maiores confrontos.
Alguns manifestantes que resolveram seguir após o Ato pelas ruas do centro, ao cruzarem os Arcos da Lapa tentaram fechar a via. A Polícia Militar, que acompanhava o Ato de longe, se aproximou de forma agressiva tentando impedir a ação. Advogados que acompanhavam a manifestação intervieram e acalmaram os ânimos.
A PM permaneceu na calçada encarando os manifestantes que decidiram ficar nas calçadas das colunas dos Arcos. Os manifestantes dispersaram, e tudo chegou ao fim sem maiores confrontos.
Esse já é o terceiro Ato, em 2014, contra o aumento das
passagens de ônibus, trens e barcas. O lema é: “Resistir, resistir, até a
tarifa cair!”.
TCM aceita reajuste da passagem de ônibus
Na tarde desta terça-feira (28/01/2014), o Tribunal de
Contas do Município do Rio (TCM) decidiu em votação unânime que a Prefeitura do
Rio deve cumprir o contrato com as empresas de ônibus, reajustando as tarifas.
De acordo com o Presidente do TCM, Thiers Montebello, “Uma coisa precisa ficar clara: não é o Tribunal que decide o aumento da passagem. Isso é função da Prefeitura do Rio”. É função do município também determinar o valor, com base na fórmula contratual.
- Thiers Montebello foi incisivo ao dizer que a prefeitura falhou na fiscalização dos serviços das empresas de ônibus, ressaltando inclusive que a coordenadoria da Secretaria Municipal de Transportes, responsável pelos dados da empresas de ônibus conta com apenas um funcionário. “Não há estrutura na Secretaria de Transportes. Isso dito pelo próprio secretário (Carlos Roberto Osório)”, considerou.
De acordo com o Presidente do TCM, Thiers Montebello, “Uma coisa precisa ficar clara: não é o Tribunal que decide o aumento da passagem. Isso é função da Prefeitura do Rio”. É função do município também determinar o valor, com base na fórmula contratual.
- Thiers Montebello foi incisivo ao dizer que a prefeitura falhou na fiscalização dos serviços das empresas de ônibus, ressaltando inclusive que a coordenadoria da Secretaria Municipal de Transportes, responsável pelos dados da empresas de ônibus conta com apenas um funcionário. “Não há estrutura na Secretaria de Transportes. Isso dito pelo próprio secretário (Carlos Roberto Osório)”, considerou.
Tomou um pezão do TRE
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro
multou o vice-governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, em R$ 92,8 mil
por propaganda antecipada. Pezão foi punido pela mensagem no horário eleitoral
partidário do PMDB na TV e no rádio nos dias 2 e 4 de outubro de 2013.
O partido perdeu o direito de transmissão de
propaganda pelo tempo equivalente a cinco vezes ao da inserção considerada
irregular.
No Skaf não vai nada?
E o Ministério Público, junto com o Tribunal
Regional Eleitoral em São Paulo? Não vai tomar nenhuma providência contra a
escancarada propaganda eleitoral antecipada feita pelo presidente da Fiesp,
Paulo Skaf?
Candidato a governador pelo PMDB paulista, com
apoio total do vice-presidente da República Michel Temer, Skaf posa de
“repórter” e narrador da propaganda institucional televisiva do Sesi-Senai, na
verdade, vendendo o próprio peixe, em horário nobre.
Piada de brasileiro em Portugal
Depois da medíocre presença no Fórum Econômico
Mundial de Davos, a comitiva presidencial foi curtir as mordomias do poder em
Portugal.
O séquito da rainha Dilma ocupou mais de 30 quartos
de dois dos hotéis mais caros de Lisboa: Ritz e Tivoli. Só a suíte onde Dilma
ficou tem um custo cerca de R$ 26 mil (8 mil euros).
Pernoite em Lisboa
O motivo para a paradinha técnica em terras
lusitanas é que o avião presidencial não tem autonomia para ir direto da Suíça
para Cuba – sendo a distância entre Zurique e Havana de 8.199 quilômetros.
Só pode ter ocorrido um probleminha editorial e
matemático! É que na página oficial da Aeronáutica está escrito que o FAB 001,
um Airbus A319 Corporate Jetliner - A319CJ , usado pela Presidência da
República, é uma aeronave transcontinental, com autonomia de vôo de até 11 mil
quilômetros, dependendo do número de passageiros.
Com sua elevada autonomia de vôo, maior que a do
A319, operado pela TAM, elimina muitas escalas técnicas para abastecimento.
Permite vôos de Brasília a Paris, a Nova York, a Quebec ou a Washington, sem
escalas.
*Com
informações do Coletivo Passe Livre e Mídia Informal.