14.5.15

REINO UNIDO SURPRESA E FRACASSO. NO CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS (CCC) EXPOSIÇÃO (GENIAL) DE FOTOS

HELIO FERNANDES - 

O conceito é lendário e irrefutável: “Não há ninguém mais conservador do que um Revolucionário no Poder”. Os exemplos são inumeráveis. Os heroicos Tenentes de 1922, 24 e 26, tomaram o poder em 1930, implantaram as “capitanias hereditárias”, ficaram a vida toda.

A União Soviética só durou 74 anos, por causa de Stalin que começou como herói terminou seus dias até falecer na cidade que tinha seu nome (Stalingrado), foi obrigada a transformação, exigência popular.

Agora aparece um jurista chamado Luiz Edson Fachin, que explicou suas convicções para garantir uma vaga no Supremo. Como aqui, a sabatina virou rotina, apesar das 12 horas de perguntas e respostas.

Fez peregrinação inédita e até constrangida pelos mais diversos gabinetes. Ia dizendo o que achava que agradava o interlocutor (que palavra) propôs humildade.

Foi procurador e advogado ao mesmo tempo garantiu: “Isso era legal quando exerci os dois cargos, e a legislação proibindo, só veio depois que não estava mais”. Rigorosamente verdadeiro. Mas devia ter percebido que era legal mas aético, contraditório, faltou sensibilidade e intuição.

Sempre defendeu que o marido (ou esposa) deviam receber herança dividida com a (ou a) amante. Foi o que chamaram de “bigamia”.

(Com isso, o jurista quase no Supremo, se iguala e se compara com a doleira Nelma Kodama, que já condenada a 18 anos de prisão, foi depôs na Lava-jato, e exaltou o amante, também doleiro Youssef. Cantou até “amada, amante”, sabidamente aura e exaltação de Roberto Carlos sobre o assunto).

Fachin, desmentiu a ele mesmo, com uma afirmação vaga, e fútil e com comprovação: “Defendo a família tradicional”. Então é a partir de agora. Vale para o futuro, no Supremo?

Sempre dúbio, controverso, inteligível antes ou agora: “Pensou exatamente como as pessoas que desejam o bem do país”. Lógico, não iria dizer ao contrário. Achou que se comprometia, acrescentou: “Mas preservo o interesse privado e particular”. Isso naturalmente para desfazer criada com a sua não desmentida ligação com grupos invasores de terras.

O analista-comentarista Marcelo Coelho, fuzilou: “Artes da sobrevivência. Qualquer tema rendia frases composta de compromisso real”.

Diante dessa análise, o esquerdismo que alguns adeptos viram no candidato, desabou.

Apesar das 12 horas, muito precárias os interrogatórios e contestações. Rui Barbosa assimilou tudo da Constituição dos EUA. Ficaria surpreendido que termine num dia e na votação. Já, quando foi escolhida a primeira mulher, mais de seis meses de verdadeira devassa.

O primeiro negro foi aprovado, depois de 22 meses de investigação, agravada pelo preconceito do país.

A única possibilidade de não ser aprovado: falta dos 41 votos necessários. Mas se o senador Renan, Romero, Jucá, Eunicio Oliveira, a suplente, mulher do senador-ministro Eduardo Braga, estiverem a favor o quorum será naturalmente obtido.

Mas o senhor Luiz Edson Fachin será um ministro do Supremo, num ponto fora da curva, nem poder ser medido por régua e esquadro, mas aí nada pode atingi-lo.

Chegou até manter algum apoio. Depois perdeu. Saiu de Downing Street 10, desapareceu.

Levados por entrevistas não muito definidas ou até contraditórias os dois Institutos de Pesquisa de Londres não conseguiram. Durante toda campanha e até mesmo na boca de urna, não se afastavam do empate. Não eram obsessivos mas determinados. Com o resultado os trabalhistas terão que governar com coalizão.

Absolutos para governar sozinho não hesitaram, se desculparam com o público: "Temos que reestudar o que fazer". E os líderes Trabalhistas, t-o-d-o-s, pediram Cemincoc.

1- Como manter o Reino Unido? 2- Ficar na UE, com os parceiros insatisfeitos, ou sair com a Grã-Bretanha possivelmente.

PS- O prédio dos Correios, agora notável Centro Cultural, ali próximo a Rua Primeiro de Março, é lendário, legendário, extraordinário. Quem tiver tempo ou mesmo que não tenha, "invente-o", o prazer e a beleza serão enorme recompensa e satisfação.

PS2- E a partir de anteontem, nova atração sem limites, mas em matéria de fotografia, basta o nome jornalístico e profissional: Ana Carolina Fernandes. Ocupa todo o terceiro andar, dezenas de salas.

PS3- São 68 fotografias, começa com uma foto genial, vai passando de sala em sala provocando admiração, termina com outras tão admiráveis quanto as primeiras.

PS4- A exposição atravessa maio, conquista junho, funciona todos os dias. Quando estiver olhando as fotos, saiba na estreia, um dos ícones da foto no Brasil, Evandro Teixeira, olhou tudo, disse sumariamente: "Essa menina botou pra quebrar". 

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