Via Agência Petroleira de Notícias -
Nesta quinta-feira (30), o Sindipetro-RJ realizou ato em Seropédica, na
frente das termoelétricas BLS e BF. Ao chegar no local, a direção do
sindicato se deparou com vários carros da policia e camburões.
O aparato policial pegou a todos de surpresa, pois o movimento tem um caráter claramente pacifico. Mesmo assim, os
trabalhadores foram chegando e começaram as falações. Chegado o último
carro de transporte dos trabalhadores, começou a assembleia. Os
petroleiros votaram em bloco as questões postas, com um voto contra e
nenhuma abstenção.
Aprovou-se, por ampla maioria, a
manutenção do estado de greve. Outra resolução foi a necessidade de
articular FNP e FUP para uma greve geral do petroleiros contra a venda
de ativos. Um encontro nacional dos trabalhadores em termoelétricas
também foi aprovado.
Elegeram para a Praga da Casa a gerente
de RH do Gás e Energia, Maria de Fátima Duarte Matos, e o Gerente Geral –
GE-OPE/OAE/UTE-BLS-BF, Marcelo Cruz Lopez. Praga da Casa é uma menção
de repúdio especial concedida pelos petroleiros para os gerentes e
gestores que mais se destacam de forma negativa.
Ambos os gerentes foram insensíveis com a
categoria ao mandar colocar no banco de horas a paralisação do último
dia 15, Dia Nacional de Luta contra a Terceirização (PL 4330). Os
próprios gerentes da BLS e BF pediram o abono e os dois gerentes
mantiveram o desconto das horas num banco de horas.
Consideramos uma provocação o desconto,
pois não houve parada de produção. Também mantivemos durante a
paralisação diálogo permanente com os gerentes da usina. Fizemos vários
acordos durante a paralisação. Ficou garantido que ninguém seria punido,
inclusive os supervisores que participaram do movimento. A gerência
garantiu transporte para os grevistas de volta para casa. Discutimos um
efetivo mínimo durante a greve, o que acabou não sendo implementado,
pois os trabalhadores resolveram suspender o movimento por volta de 12
horas do dia 15. O único impasse foi o desconto das horas paradas que os
gerentes disseram que não era sua prerrogativa e que seria submetido ao
RH e ao Gerente Geral de gás e energia.
Houve reunião da direção do
Sindipetro-RJ com esses gerentes e eles disseram que submeteriam o
desconto das horas paradas ao RH coorporativo, Antonio Sérgio, e que
depois dariam retorno. Depois informou-se a ida das horas paradas para
um banco de horas para posterior pagamento.
Queremos lembrar que outros gerentes
também podem ser contemplados com o “Praga da Casa” e até com o enterro
simbólico em frente a sua unidade de lotação. O Sindipetro-RJ reafirma
que não ficará calado diante das ações arbitrárias da direção da
Petrobrás.
É bom lembrar que os trabalhadores
fizeram o movimento contra venda de ativos e em defesa do Sistema
Petrobrás. Essa é uma luta pelo interesse coletivo, pela manutenção dos
empregos. Faltou sensibilidade a esses gerentes.
Com certeza que os trabalhadores estarão
dispostos a rever sua posição em assembleia. Mas os petroleiros não
ficarão calados e se necessário voltarão à greve. Também não adianta
criar portão extra para os fura greves, pois, se necessário, as entradas
serão trancadas. “Queremos a paz, mas se preciso vamos à guerra. A luta
continua! Parabéns aos trabalhadores, homens e mulheres da BLS e BF que
honram a categoria petroleira” – destaca Emanuel Cancella coordenador
do Sindipetro-RJ e da FNP.
Fonte: Sindipetro-RJ.
