13.5.15

BRASIL PÁTRIA EDUCADORA TEM NOTA 0

ALCYR CAVALCANTI - 

Governo Federal corta verbas, 178 mil ficam fora do FIES.


Lançado com pompa e circunstância o slogan "Brasil Pátria Educadora" não saiu do papel. 178 mil estudantes não conseguiram o Fundo de Financiamento Estudantil-FIES e não se sabe quando terão nova oportunidade. Universidades fechadas por falta de limpeza, greves de professores reprimidas a ferro e fogo e dentadas de pitbull, a educação no Brasil é um deboche. O atual ministro Renato Janine tenta se equilibrar com verbas reduzidas e péssimas gestões anteriores. Afinal o que poderíamos esperar de um ministro como Aloisio Mercadante, e outros do mesmo tope.

Como se não bastasse o escândalo do FIES onde tudo foi prometido e quase nada foi cumprido, as Universidades Federais mais uma vez são obrigadas a fechar por excesso de sujeira, onde ratazanas passeiam em meio a detritos de todo o jeito, acumulados ao longo de semanas. Explicação: o dinheiro sumiu. Diretores e professores com pós-doutorado obtidos com muito sacrifício e horas e horas de muito estudo e pesquisa, são obrigados a limpar banheiros e varrer salas, para ocupar funções que não as suas. O diretor da Escola de Comunicação da UFRJ na Praia Vermelha Amaury Fernandes, respeitado educador, foi obrigado a limpar os banheiros de sua escola, para que os alunos pudessem obter conhecimento, afinal foi para isso que estão nas faculdades. O diretor da Eco/UFRJ declarou se sentir impotente para resolver a situação. O recém eleito reitor Roberto Leher critica a crescente terceirização e afirma que "a educação não pode pagar o desajuste das contas públicas, que podem comprometer o futuro da educação". A educação não é a única a enfrentar uma crise, os hospitais estão fechando por falta de condições para funcionar. Enquanto isso em Brasília e nos palácios estaduais a comilança continua.

UM DOS CHEFES DO CV CHEGA AO RIO PARA SER JULGADO

Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira -Mar um dos lideres da rede criminal Comando Vermelho chegou ao Rio às 9,40h em jatinho da Policia Federal para ser julgado no I Tribunal do Juri no Fórum pela chacina ocorrida no Presídio de Bangu 1 em setembro de 2002. Ele é acusado de comandar (e executar) presos da facção rival Amigos dos Amigos-ADA Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, um dos líderes que tinha sido um dos chefes do Comando Vermelho e dono dos pontos de venda no Morro do Adeus em Bonsucesso. Foram também mortos Marcelo Lucas o Café, Wanderley Soares o Orelha e Robertinho do Adeus, todos da ADA. No massacre um dos lideres do ADA Celsinho da Vila Vintém conseguiu escapar, segundo dizem por ter feito um acordo com Beira-Mar.

Depois da chacina em 2002 conhecida no submundo como "A derrubada das Torres Gêmeas" a rede criminal teve um grande crescimento sendo a segunda facção criminal do estado e tomando alguns pontos tradicionais do CV, entre eles a Favela da Rocinha que 'mudou de lado" na Era Luciano. As desavenças com Uê vieram desde a passagem dele para a rede ADA, após a morte de um dos lideres do Comando Vermelho Orlando Jogador chefe de tráfico no Morro do Alemão. Uê ficou jurado de morte principalmente pela "Ala Jovem do CV" liderada por Beira-Mar e Marcinho VP do Morro do Alemão. embora os chefes tradicionais como Isaias do Borel e Cristiano da Silva o Abelha quisessem evitar a chacina. A matança começou com uma rebelião e Ernaldo depois de assassinado foi colocado em meio a pilha de colchões e queimado. Para alguns membros da Policia Federal que não quiseram se identificar, o verdadeiro motivo foi a importação de drogas e a distribuição em nosso território, havia uma disputa entre Beira-Mar e Uê. Fernandinho passou então a ser o principal 'matuto" ou fornecedor. Atualmente Beira-Mar está preso em Catanduva, presídio de segurança máxima.