ALCYR CAVALCANTI -
Governo Federal corta verbas, 178 mil ficam fora do FIES.
Lançado com pompa e circunstância o slogan "Brasil Pátria Educadora" não
saiu do papel. 178 mil estudantes não conseguiram o Fundo de
Financiamento Estudantil-FIES e não se sabe quando terão nova
oportunidade. Universidades fechadas por falta de limpeza, greves de
professores reprimidas a ferro e fogo e dentadas de pitbull, a educação
no Brasil é um deboche. O atual ministro Renato Janine tenta se
equilibrar com verbas reduzidas e péssimas gestões anteriores. Afinal o
que poderíamos esperar de um ministro como Aloisio Mercadante, e outros
do mesmo tope.
Como se não bastasse o escândalo do FIES onde tudo foi
prometido e quase nada foi cumprido, as Universidades Federais mais uma
vez são obrigadas a fechar por excesso de sujeira, onde ratazanas
passeiam em meio a detritos de todo o jeito, acumulados ao longo de
semanas. Explicação: o dinheiro sumiu. Diretores e professores com
pós-doutorado obtidos com muito sacrifício e horas e horas de muito
estudo e pesquisa, são obrigados a limpar banheiros e varrer salas, para
ocupar funções que não as suas. O diretor da Escola de Comunicação da
UFRJ na Praia Vermelha Amaury Fernandes, respeitado educador, foi
obrigado a limpar os banheiros de sua escola, para que os alunos
pudessem obter conhecimento, afinal foi para isso que estão nas
faculdades. O diretor da Eco/UFRJ declarou se sentir impotente para
resolver a situação. O recém eleito reitor Roberto Leher critica a
crescente terceirização e afirma que "a educação não pode pagar o
desajuste das contas públicas, que podem comprometer o futuro da
educação". A educação não é a única a enfrentar uma crise, os hospitais
estão fechando por falta de condições para funcionar. Enquanto isso em
Brasília e nos palácios estaduais a comilança continua.
UM DOS CHEFES DO CV CHEGA AO RIO PARA SER JULGADO
Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira -Mar um dos lideres da rede
criminal Comando Vermelho chegou ao Rio às 9,40h em jatinho da Policia
Federal para ser julgado no I Tribunal do Juri no Fórum pela chacina
ocorrida no Presídio de Bangu 1 em setembro de 2002. Ele é acusado de
comandar (e executar) presos da facção rival Amigos dos Amigos-ADA
Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, um dos líderes que tinha sido um dos
chefes do Comando Vermelho e dono dos pontos de venda no Morro do Adeus
em Bonsucesso. Foram também mortos Marcelo Lucas o Café, Wanderley
Soares o Orelha e Robertinho do Adeus, todos da ADA. No massacre um dos
lideres do ADA Celsinho da Vila Vintém conseguiu escapar, segundo dizem
por ter feito um acordo com Beira-Mar.
Depois da chacina em 2002
conhecida no submundo como "A derrubada das Torres Gêmeas" a rede
criminal teve um grande crescimento sendo a segunda facção criminal do
estado e tomando alguns pontos tradicionais do CV, entre eles a
Favela da Rocinha que 'mudou de lado" na Era Luciano. As desavenças com
Uê vieram desde a passagem dele para a rede ADA, após a morte de um dos
lideres do Comando Vermelho Orlando Jogador chefe de tráfico no Morro do
Alemão. Uê ficou jurado de morte principalmente pela "Ala Jovem do CV"
liderada por Beira-Mar e Marcinho VP do Morro do Alemão. embora os
chefes tradicionais como Isaias do Borel e Cristiano da Silva o Abelha
quisessem evitar a chacina. A matança começou com uma rebelião e Ernaldo
depois de assassinado foi colocado em meio a pilha de colchões e
queimado. Para alguns membros da Policia Federal que não quiseram se
identificar, o verdadeiro motivo foi a importação de drogas e a
distribuição em nosso território, havia uma disputa entre Beira-Mar e
Uê. Fernandinho passou então a ser o principal 'matuto" ou fornecedor.
Atualmente Beira-Mar está preso em Catanduva, presídio de segurança
máxima.



