Via Brasil247 -
O senador Aloysio Nunes (PSDB) rebateu, nesta quinta-feira (30) o
discurso do também senador Humberto Costa, que classificou como
"massacre" os atos de violência protagonizados pela Polícia Militar do
Paraná, durante confronto com professores ontem. Cerca de 200 pessoas
ficaram feridas e parte delas segue hospitalizada. Nunes defendeu a PM e
o governador Beto Richa, filiado ao seu partido.
Segundo ele, os policiais apenas impediram os manifestantes de entrar
na Assembleia, porque eles queriam impedir a votação. "A ideia de que
vinham acompanhar a votação é conversa mole. Iam impedir a votação,
ocupar os lugares na Assembleia, os lugares dos representantes do povo,
para impedir que a sessão se realizasse", disse.
Ele comparou o episódio com outros protagonizados por movimentos
ligados ao PT. "Eu penso, meu caríssimo líder do PT, que o seu partido é
o menos autorizado para, entre todas as agremiações políticas,
preconizar a prudência e a moderação, porque quando se trata de promover
os interesses políticos do seu partido, por via dos chamados movimentos
sociais, não há moderação, o que há é a tentativa de impor na marra os
seus pontos de vista", declarou.
Antes das declarações do senador tucano, o líder do PT no Senado,
Humberto Costa, cobrou uma postura crítica dos tucanos, em especial do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), em relação à condução de Beto Richa no
episódio. "Aliás, causa-me espécie o fato de que o novo paladino da luta
dos trabalhadores, o defensor dos direitos da população trabalhadora
brasileira, defensor-mor da democracia no Brasil, o candidato derrotado
Aécio Neves, não veio hoje a esta tribuna, sequer ao Parlamento, para
explicar o modus operandi do PSDB no que aconteceu ontem no Paraná",
ironizou.
O senador também alertou sobre a crise que vem vivendo aquele Estado.
"O pagamento dos professores da rede estadual e a alteração do regime
previdenciário da categoria caem como uma bomba sobre o novo discurso
tucano de proteção dos trabalhadores. Como nunca foram reconhecidos por
defender os direitos dos trabalhadores, e sim de grandes empresários e
patrões, a contradição atual é interessante. Pasmem os senhores que a
situação financeira no Paraná é tão grave que faltou dinheiro até para
pagar as diárias dos policiais que estiveram de serviço ontem durante os
protestos", denunciou o petista.
