HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
Ontem,
precisamente ás 19 horas, o senado cometia mais uma iniquidade, aprovando para
ocupar uma vaga de Ministro do Supremo, o advogado Luiz Edson Fachin. teve 52
votos a favor e 27 votaram contra. Elegeram um advogado controverso, mudando
rapidamente de convicções, como eu disse ontem, t-e-r-g-i-v-e-r-s-a-n-d-o.
Assim que o
placar anunciou a presença de 79 senadores, Renan Calheiros telefonou para sua
grande amiga presidentA Dilma, comunicou: "Com 79 senadores colocareI o
nome em pauta, não ha nenhum perigo". Não era comunicação e sim
preservação do seu nome, diziam que ele trabalhava contra.
Presente no
plenário o governador Beto Richa, que foi "faturar" o fato do novo
Ministro ser do seu estado. Saudado e proclamado pelo presidente do senado.
Faltam
apenas dois dos 81. Roberto Requião, que está na Finlândia, mandou mensagem
para o senador Lindbergh, pedindo para ler no plenário, considerando válido seu
voto. Senador e governador varias vezes, sabia que isso era impossível.
Ele mesmo
tinha certeza, queria apenas influenciar algum indeciso. Alguns senadores
riram. Que República.
FHC e o
Impeachment
FHC juntou
todo lugar comum do qual é proprietário indiscutível e inalienável, e despejou
em cima do cidadão-contribuinte-eleitor, utilizando o horário gratuito (?) do
seu partido, e o jornal britânico "Financial Times", que aceita
qualquer coisa que seja contra o Brasil.
FHC termina
a exibição diante dos holofotes, com uma “revelação " que é a mais
conhecida do Brasil: “O PT não tem outra alternativa do que Lula".
Rigorosamente verdadeiro. Por causa disso tentam de todas as maneiras
destruí-lo, não ganham dele.
Sobre o
impeachment FHC tenta parecer isento, mas a primeira manifestação examinando o
assunto, foi um artigo assinado pelo jurista Ives Gandra Martins. Só que nesse
artigo, o jurista fez questão de afirmar textualmente: "Fui contratado por
um advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso". E acrescentou:
“Quando disse que ia publicar o parecer, ele me pediu para revelar a minha
condição de advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”. O jurista
atende ao contratante, naturalmente FHC não sabia de nada. E depois da
publicação da matéria, qual a reação publica e pessoal dele? Nenhuma.
Ainda sobre
impeachment, comentário de FHC: “o fato de que eles (quem?) estão falando sondo
sobre ele (sic) seis meses depois da eleição é um sinal de que algo está
errado”. Se conhecesse História, FHC na diria isso.
Em 1950,
insensatamente depois de ser ditador, por 15 anos, Vargas voltou, através de
eleição. Quase não toma posse em 1951, Para isso, precisou nomear Ministro da
Guerra, o Presidente do Clube Militar, Estilac Leal. Um dos generais mais
prestigiados do exercito, defensor intransigente do interesse nacional. Não
queria o cargo, teve que aceitar.
Vargas não
sabia governar democraticamente, ficou impopularissimo. Respondeu a dois
pedidos de impeachment, mais ou menos com um ano de governo. O primeiro,
recusado pela Câmara. O segundo foi aceito, mas Vargas saiu vencedor por 136
votos e com apenas 25 contra.
É o que
acontecerá com qualquer impeachment para derrubar Dilma. Apesar de agora, o presidente
da Câmara trata distante do assunto. E com apoio velado e ao mesmo tempo
ostensivo do presidente do Senado. Naturalmente com satisfação do inócuo FHC.
Acontecerá
o mesmo se pedirem o impeachment da presidente Dilma. Em outra oportunidade,
farei uma comparação do primeiro governo eleito e Vargas, e a reeleição de Dona
Dilma. Erro completo dos dois, semelhanças incríveis por motivos inteiramente
diferentes.
Em tempo:
Estilac Leal foi eleito presidente do importante e histórico Clube Militar,
derrotando numa eleição duríssima, o general Cordeiro de Farias.
BriC
O primeiro
Ministro veio ao Brasil, não fez outra coisa a não ser deslumbrar membros do
governo. 53 bilhões de dólares, ou seja, 150 BI de reais. Vai demorar a entrar
em caixa, não é tão importante.
Curiosidade:
desses 53 bilhões de dólares, 7 BI são destinados á Petrobras. Portanto, 21 BI
de reais. Precisamente 21 BI, é o prejuízo da empresa, registrado no balanço
maquiado.
Unimed
Passou
rapidamente de arrogante a incompetente e decadente. Durante anos foi
“patrocinando” tudo pelo Brasil, internamente começou um “racha”. Pagava no
Fluminense salários (?) de 1 milhão a jogadores.
Não podia
aguentar, o sinal de improvidencia pode ser anunciado com o fato de não
“patrocinar” mais o clube de futebol. Mas durante um tempo, sem retorno.
Agora a
Agencia Nacional de Saúde, suspendeu 82 Planos de Saúde. Entre eles, todos os
eu exibiam a marca da Unimed. E os clientes normais, que pagavam regularmente
seus planos, como ficarão?
Resposta
Bruno
Torres Paraíso, notável a sua radiografia da ABI da atual direção do Domingo
Meirelles. Assim que acabar de ler devia renunciar. Tentaram se abrigar protegido
pelo nome de Prudente de Moraes, um dos maiores presidentes. Mas nada pode
salvar os indolentes, imprudentes, imprevidentes que compõem a diretoria de
agora. Um abraço e obrigado.
PS- Amanhã,
quarta feira no belíssimo estádio de Berlim, Barcelona e Juventus disputam a
importante Copa de Clubes da UEFA. O Barcelona venceu o Bayern de Munique, o
time italiano eliminou o Real Madrid. Tudo para ser um excelente jogo.
PS2- Não
custa lembra que esse estádio, além de excelente é histórico. Em 1936, há 79
anos. Berlim sediava os Jogos Olímpicos, e as provas de atletismo se realizavam
ali.
PS3- Na
tribuna de honra, Adolph Hitler, que fora comemorar a vitória dos "arianos
puros". Frustrado, abandonou o estádio depois das vitórias nas provas de
velocidade, dos americanos Jesse Owens e Ralf Metcalf. O primeiro foi
considerado o grande herói da Olimpíada.
PS4- No
mundo inteiro criticaram o fato da Olimpíada se realizar na capital da Alemanha
nazista. Acontece que as Olimpíadas eram e são escolhidas seis anos antes,
portanto em 1930. Nessa época Hitler ainda não era poderoso, conhecido e odiado.
PS5- Mas em
1936, seu Partido Nacional Socialista, já estava no poder, ele era Chanceler
(Primeiro Ministro) dominava o povo, tentaria dominar o mundo, com o "Reich
dos mil anos". O presidente da Republica era o Marechal Hinderburg,
agonizando num hospital, morreria logo depois.