Via Agência Petroleira de Notícias -
A manifestação organizada por ativistas do movimento pela democratização
da comunicação faz parte das atividades de “Descomemoração dos 50 anos
da TV Globo”.
As pessoas que chegaram para assistir o grande show de 50 anos da Globo na noite desta quinta (23) se deparam com uma surpresa nada agradável para os donos da festa. Ativistas de várias entidades e movimentos sociais organizaram um protesto na frente do portão de entrada do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O público que veio assistir o espetáculo de artistas famosos se deparou com denúncias completamente omitidas pelos veículos de comunicação da rede da família Marinho. Com faixas, cartazes, bandeiras e camisetas estampando slogans e frases contra a TV Globo, os manifestantes distribuíram milhares de panfletos, e se revezaram no microfone para expor as constantes práticas de manipulação da informação, a histórica vinculação com a ditadura, o crime de sonegação fiscal, a concentração monopólica e o apoio a políticos conservadores e corruptos.
Ativistas e militantes de entidades como
FALERIO/FNDC, ENECOS, ARPUB, ARCO-RJ/MNRC, UBM, CUT, CTB, FIST, CMP,
SindiPetro-RJ, SindRad-RJ, Barão de Itararé e Jornal Inverta, entre
outras, fizeram uso da palavra e gritaram palavras de ordem como 'A
Verdade é Dura, a Rede Globo apoiou a Ditadura!' e 'O Povo não é Bobo,
Abaixo a Rede Globo'. Entre perplexos e desconfortáveis, os convidados
foram brindados com dezenas de informações e dados que certamente não
aparecem no Jornal Nacional.
O aniversário da Globo não passou em
branco. Nos próximos dias, milhares de panfletos continuarão a ser
distribuídos em locais de concentração da população, amplificando as
denúncias e a desconstrução do papel nefasto da emissora cinquentona. O
movimento incluiu banquinhas pra coleta de assinaturas do Projeto de Lei
de Iniciativa Popular da Lei de Mídia Democrática, com propostas para
regulamentar o capítulo de comunicação da Constituição. A ação nas redes
sociais até domingo é divulgar as manifestações pela hashtag unificada:
#Globo50AnosdeDitadura.
APOIO À DITADURA
- “Roberto Marinho era um jovem playboy que herdou, com a morte de seu
pai em 1925, um jornal no Rio de Janeiro. Assim permaneceu até 1944,
quando surgiu a também carioca Rádio Globo AM. Foi apenas no governo
Kubitschek que Marinho conseguiu uma outorga para o que viria a ser a TV
Globo”, conta o jornalista Gustavo Gindre, da Ancine, em artigo
publicado esta semana.
Sobre a situação atual da empresa ele
revela: “Entre os países ditos democráticos, apenas dois possuem uma
única empresa que concentra mais de 60% do capital circulante nos meios
de comunicação: o Brasil (Globo) e o México (Televisa). Não por acaso,
ambos essenciais para a política norte-americana em relação ao seu
“quintal”, a América Latina.”, analisa. “Segundo dados de 2013, se
somada a receita líquida da Abril, SBT, O Estado de S. Paulo, Folha de
S. Paulo e RBS, o resultado fica em torno de um terço da receita líquida
da Globopar (holding da família Marinho que não inclui seus jornais e
rádios). Já em relação ao lucro líquido somado destas empresas, ele
corresponde a menos de 10% do da Globopar. Ainda em 2013, apenas cinco
empresas não financeiras (Petrobras, Vale, Telefônica/Vivo, Ambev e
Cemig) tiveram lucro líquido maior do que a Globopar, com a diferença
que esta é a única que tem seu capital fechado, pertencente apenas aos
herdeiros de Roberto Marinho”.
VÍDEOS - Conheça um pouco da história da Rede Globo em diversos vídeos disponíveis na internet: Sonegação da Globo; Globogolpe Remix; Levante sua voz; Muito além do Cidadão Kane; Don Quixote no cérebro da Globo.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias, Fale-Rio e Jornal Surgente.
