24.4.15

AUTORIZADA EXTRADIÇÃO DE HENRIQUE PIZZOLATO

Via G1 e R7- 

Corte de Cassação de Roma havia autorizado a cassação em fevereiro. Pizzolato foi condenado no mensalão e fugiu para a Itália em 2013. 


O governo da Itália autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do BB Henrique Pizzolato para o Brasil, segundo informou o Ministério Público nesta sexta-feira (24). As autoridades brasileiras ainda não receberam oficialmente o comunicado da Itália.

Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT, pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Em 2013, quando foi expedido o mandado de prisão, fugiu para a Itália.

Após ele ser preso pela polícia local em Maranello, em 2014, o governo brasileiro entrou na Justiça italiana com pedido de extradição. O pedido foi negado pela Corte do Bolonha. A PGR, no entanto, entrou com recurso, que foi acatado pela Corte de Cassação de Roma em fevereiro deste ano. Desde então, faltava a palavra final do governo italiano para decidir se Pizzolato cumpriria ou não a pena no Brasil. 

Condições dos presídios 

Uma das alegações da defesa de Pizzolato era de que os presídios brasileiros não possuem condições de garantir a proteção dos direitos humanos dos presos. Esse foi um dos argumentos que pesaram na decisão de primeira instância, na Corte de Bolonha, que negou o pedido brasileiro.

Após a primeira negativa, a Procuradoria-Geral da República entrou com recurso na Justiça italiana e o caso foi parar na Corte de Cassação de Roma, que decidiu pela extradição. O governo brasileiro apresentou justificativas de que os presídios do país poderiam receber o ex-diretor de marketing, e citou como exemplo a penitenciária da Papuda, no Distrito Federal. (G1)

Relembre o caso:
PIZZOLATO GUARDA SEU “SEGURO DE VIDA” EM UM COFRE BANCÁRIO (07/02/2014)

O governo brasileiro tem 20 dias para ir buscar Pizzolato na Itália 

O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, foi favorável nesta sexta-feira (24) à extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, envolvido no escândalo do mensalão.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o governo brasileiro tem 20 dias para ir buscar Pizzolato.

Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão.

Mas, há um ano e cinco meses, fugiu do País com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justiça italiana não faria um processo político contra ele, como acusa a Justiça brasileira de ter realizado. 


Ele acabou sendo preso na cidade de Maranello e, em setembro do ano passado, a Corte de Bolonha negou sua extradição argumentando que as prisões brasileiras não têm condições de recebê-lo. Ao sair da prisão, declarou que havia fugido para "salvar sua vida".

Para conseguir reverter a decisão, os advogados contratados pelo Brasil insistiram na tese de que a Itália não poderia generalizar a condição das prisões no País. (R7)