HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
Pontualmente ás 10 da manhã
como estava marcado, começou a reunião do Diretório Nacional do PT. 82
presentes. O secretario avisou, “é um encontro ordinário”, nem ligou para o
duplo sentido da palavra. Na verdade é a busca de um novo tesoureiro. Os dois primeiros,
do mensalão e do Petrolão, estão presos.
A direção do PT, já se
convenceu. Encontrar outro tesoureiro é um jogo de xadrez. Precisamente ás
16,45 foi anunciado o novo (o terceiro) tesoureiro do PT. É o ex-deputado
Marcio Macedo. Mas a grande repercussão do seu nome não é o fato de ter sido
deputado e sim recomendado e lembrado, por um petista que já morreu: Marcelo
Déda, governador de Sergipe.
Marcio Macedo trabalhou com
Déda, que tem muita liderança, se preparava, vinha para o Rio, quando morreu.
Lembrado o nome de Marcio Macedo, surpresa total, mas aceitação quase que
imediata. A indicação foi do grupo majoritário da legenda. Quase oito horas de
reunião, tranquilo, até bastante calma, principalmente nas circunstâncias.
O novo titular é simpático,
moço, correto, agradável, bom conversador e articulador. Só não sabia que é tão
desprendido e corajoso para assumir esse cargo de tesoureiro, perdão,
Secretario de Finanças e Planejamento, haja o que houver, que sua caminhada
seja como a escolha e indicação: calma tranquila e positiva.
Maioridade
penal
É um assunto tão importante
que deveria ser tratado com extrema e total seriedade. Os que votaram pela
redução da criminalidade para 16 anos, consideram que reduzirão automaticamente
essa mesma criminalidade. Nada a ver.
Estão discutindo (e ás vezes
se hostilizando) se a proposta é constitucional ou não, o que afinal terá que
ser resolvido no Supremo Tribunal Federal. Mas a questão está muito alem desse
espectro. É necessário estudar, analisar e consolidar a certeza de que essa
providencia, terá efeito visível na queda do número de crimes. Está longe
disso.
O Brasil não tem o mínimo de
condições de manter adultos presos, quanto mais os jovens encarcerados, sem a
menor atenção. Quando Bernard Shaw escreveu, “numa penitenciária o homem
angustiado é o seu diretor”, estava na certa pensando na forja de criminosos
nos cárceres do Brasil.
Por enquanto, só uma
votação. Mas na excelente foto de Ailton de Freitas, os vencedores ás
gargalhadas, braços para o alto, como se estivessem festejando a vitória num
Fla-Flu. Não têm a menor seriedade para decidir uma questão como essa.
O número de criminosos com
16 anos é mínimo. Pesquisadores importantes e respeitados avaliam que: ”jovens
de 16 anos e criminosos não chegam a 1 por cento dos que atingem essa idade”. E
a maior parte deles são capturados pelos traficantes.
Esses servem ao crime até
com menos de 16 anos. São abandonados pelo poder público, não estudam, não
trabalham, são socorridos pelos traficantes. Recebem em dinheiro ou em droga.
Foram viciados pelos donos do morro, trabalham para “matar” o vício.
CPI do BNDES
Já devia ser investigado há
muito tempo. Nomeado presidente pelo próprio Lula, o economista Carlos Lessa,
com três meses no cargo, contou a lula, todas as roubalheiras patrocinadas pelo
BNDES. Lula demitiu quem ele mesmo nomeara, fico com medo, muitos desses
escândalos e privilégios eram patrocinados por ele mesmo.
Alem dos juros “cobrados” a
3 e 4 por cento (ao ano) quando valiam 8 ou 9 no mercado, os “empréstimos”
recomendados por “clientes” que não demorariam a falir. São muitos, mas o que
atingiu mesmo criminosamente o BNDES, foi a fortuna, sem garantia, “dada a Eike
Batista”.
Em nome da transparência, o
BNDES devia tornar público três coisas: 1 – Quanto o BNDES “emprestou” a eles?
2 – Quais foram as garantias? 3 – Os juros cobrados a ele, os mesmos pagos por
gente não privilegiada junto a Lula?
Mas a suposta oposição,
também precisa ser responsabilizada. Na quinta-feira ouviram durante sete horas
o presidente Luciano Coutinho. Não fizeram nenhuma dessas três perguntas
indispensáveis e obrigatórias. No dia seguinte, sexta-feira, apresentaram a CPI
desse banco, já com as assinaturas necessárias. Que República.
PS- Não é possível. Não
defendo a hostilidade, arbitrariedade, animosidade. Mas Dilma e “Eduardo
Cunha”, naquela foto quase impublicável, parabéns apenas para Pedro Ladeira,
(da Folha News), pelo flagrante que, os dois, revendo, vão se envergonhar.
PS2- É quase um beijo na
boca, falta pouco para a concretização. Pedro ladeira, o fotografo e essa
realização, teriam e têm lugar de honra (?) na novela Babilônia, que não tem
roteiro nem historia, apenas “beijos na boca”. Até um atleta é patrocinado
“esportivamente” na cama.
PS3- Os personagens se
beijam na boca quando se conhecem, quando se separam, começando ou terminando
uma ligação. Dona Dilma se enganou com Eduardo Cunha, ele é como os elefantes
não esquecem.
PS4- O fotografo fez o que
ficará marcado e não poderá ser esquecido: e uma nova forma de corrupção, sem a
utilização de dinheiro.
Comentários através do
e-mail: blogheliofernandes@gmail.com
Caro Jornalista
Helio Fernandes,
Escrevo Jornalista em maiúsculas devido à consideração por seu trabalho.
Acho que houve um pequeno equívoco na sua coluna de 17/04/2015 sobre a posse de
JK.
"Foi eleito no dia 11 de novembro de 1955, dois golpes: um para
empossa-lo, fora eleito, outro para não dar posse a ele. Às duas da madrugada
já do dia 12, vitorioso, empossado Nereu Gomes como presidente
até 3 de janeiro de 1956, resolveu viajar como presidente eleito, diplomado e
ainda não empossado."
O Presidente do Senado empossado como Presidente da República foi o Senador
catarinense Nereu Ramos, que faleceria em desastre aéreo em 1958.
Marcelo Menezes
Reis - Obrigado.