REDAÇÃO -
Editorial de jornal estatal chinês deixa alerta: Pequim deve reagir se EUA atacarem primeiro, mas só nesse caso.
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| Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping. |
A China lançou um alerta aos Estados Unidos e à Coreia do
Norte através de um editorial de um popular jornal chinês: vai ser neutra se a
Coreia do Norte lançar primeiro um ataque contra os Estados Unidos, mas irá
reagir firmemente no caso de os EUA e a Coreia do Sul "realizarem ataques
e tentarem derrubar o regime norte-coreano".
O editorial é do jornal
estatal Global
Times, escrito em inglês e com uma elevada circulação, mas que nem
sempre representa as políticas do governo de Pequim, afirma a Reuters.
"A China deve deixar
claro que se a Coreia do Norte lançar mísseis que ameacem o solo dos Estados
Unidos e os Estados Unidos retaliarem, a China vai ser neutra. Se os Estados
Unidos e a Coreia do Norte realizarem ataques e tentarem derrubar o regime
norte-coreano e mudar o padrão polícia da Península da Coreia, a China vai
impedi-los", dizia a publicação do Estado chinês.
"A China opõe-se à proliferação nuclear e à guerra
na Península da Coreia", continuou o jornal,
acrescentado que o país "não vai encorajar nenhum lado a alimentar o
conflito militar" e vai "opor-se firmemente" a qualquer lado que
tente mudar o status
quo de áreas onde há interesses chineses.
O editorial, com o título Jogo irresponsável sobre a
Península da Coreia traz risco de uma guerra real, surge depois
da contínua escalada de tensão entre Washington e Pyongyang, com os líderes dos
dois regimes a trocarem ameaças publicamente.
Trump disse esta terça-feira
que a Coreia de Norte iria enfrentar "fogo e fúria como o mundo nunca
antes viu" e acrescentou dias depois que esta nação deve ficar
"muito, muito nervosa". A Coreia do Norte afirmou que Donald Trump é "desprovido
de razão", que só funciona com a força e ameaçou atacar a base militar dos
Estados Unidos em Guam, no Pacífico.
A China é o maior aliado da
Coreia do Norte e tem pedido moderação aos dois lados. "Apelamos a todas
as partes para mostrarem prudência nas suas palavras e ações e a fazerem mais
para atenuar as tensões", declarou Geng Shuang, porta-voz do Ministério
dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado, esta sexta-feira.
A China, membro permanente do
Conselho de Segurança da ONU, aprovou no sábado uma sétima série de sanções
económicas internacionais contra a Coreia do Norte, em resposta aos disparos do
país de mísseis intercontinentais, que têm a capacidade de transportar armas
atómicas. Mas Pequim defende uma solução do dossiê norte-coreano "através
do diálogo".
O país propôs várias vezes
uma dupla "moratória": a paragem simultânea dos ensaios nucleares e
balísticos de Pyongyang e dos exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos
e da Coreia do Sul. (via DN)
Leia também:
***
Ministro
da Defesa venezuelano diz que ameaça militar de Trump é 'loucura'
"Eu digo que isto é um ato de loucura, de supremo
extremismo. Há uma elite extremista no governo dos EUA, sobre a qual eu
realmente não sei o que está acontecendo. O que vai a acontecer no mundo, se
eles vão acabar com a humanidade, com o planeta Terra e todos os seus
recursos?", disse o ministro.
Durante uma entrevista por telefone à emissora estatal VTV,
Padrino López disse preferir que a diplomacia venezuelana tome uma posição pelo
governo, e acrescentou que, "como um soldado", estará ao lado das
forças armadas "na primeira fileira, defendendo os interesses e a
soberania" da Venezuela.
"Eu digo que isto é um ato de loucura, de supremo
extremismo. Há uma elite extremista no governo dos EUA, sobre a qual eu
realmente não sei o que está acontecendo. O que vai a acontecer no mundo, se
eles vão acabar com a humanidade, com o planeta Terra e todos os seus
recursos?", disse o ministro.
Durante uma entrevista por telefone à emissora estatal VTV,
Padrino López disse preferir que a diplomacia venezuelana tome uma posição pelo
governo, e acrescentou que, "como um soldado", estará ao lado das forças
armadas "na primeira fileira, defendendo os interesses e a soberania"
da Venezuela.
O
ministro de Comunicações venezuelano, Ernesto Villegas, informou pouco depois
que o governo de Nicolás Maduro notificou o corpo diplomático acreditado em
Caracas para tratar deste assunto neste sábado (12/08), "quando será
divulgado um comunicado sobre a ameaça imperialista contra a Venezuela".
"Temos muitas opções para a Venezuela, inclusive uma possível ação militar
se for necessário", disse Trump em seu clube de golfe de Bedminster (Nova
Jersey), onde está passando suas férias, após reunir-se com o secretário de
Estado, Rex Tillerson; a embaixadora na ONU, Nikki Haley, e seu conselheiro de
segurança nacional, H.R. McMaster.
"Não vou descartar uma ação militar (...). A opção militar é algo que,
certamente, podemos buscar", enfatizou o presidente americano aos
jornalistas.
"Temos tropas no mundo todo, em lugares muito distantes. A Venezuela não é
muito longe. E as pessoas estão sofrendo e morrendo", acrescentou Trump. (via Opera Mundi)



