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SINPOSPETRO-RJ -
A greve dos oito mil trabalhadores de postos de
combustíveis do Distrito Federal chegou ao fim nesta terça-feira(24), após
acordo com o Sindicato Patronal. A paralisação afetou 180 dos 322 postos da
Capital do país, causando grande prejuízo aos patrões. A categoria conquistou
reajuste salarial de 11,10%, o que representa aumento real de 0,68% nos
salários. O aumento é retroativo a 1º de março, data-base da categoria. O
presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, participou, na segunda-feira,
do primeiro dia de greve interditando postos e conclamando a categoria para
aderir o movimento.
Além do aumento salarial, os frentistas do Distrito
Federal vão receber R$ 1 mil de Participação Nos Lucros e Resultados (PLR). O
benefício será pago em duas parcelas. O ticket refeição também subiu de
R$ 13,00 para R$ 14,50. A paralisação foi crucial para o fechamento do acordo,
já que as empresas ofereciam apenas 9% de reajuste salarial.
O presidente do Sindicato dos Frentistas do Distrito
Federal, Carlos Alves dos Santos, comemorou o fechamento do acordo.
Ele disse que o reajuste foi satisfatório porque diante da crise
econômica, os frentistas tiveram um ganho acima da inflação. Segundo ele, o
sucesso da primeira greve da categoria se deve aos trabalhadores que aderiram
ao movimento e não se intimaram diante da pressão dos patrões e da presença da
polícia, que fazia a segurança em alguns postos.
Os dirigentes da Federação Nacional dos Frentistas
(FENEPOSPETRO) reforçaram a paralisação. Para o presidente do SINPOSPETRO-RJ, a
participação da categoria faz toda a diferença na hora da negociação. Segundo
Eusébio Neto, a greve terminou antes da audiência de conciliação marcada para a
tarde desta terça-feira( 24), no Tribunal Regional do Trabalho do Distrito
Federal. “ Os patrões que, antes, ignoravam a reivindicação dos trabalhadores,
voltaram atrás, e cederam por causa dos prejuízos. A greve é o único
instrumento de pressão que o trabalhador tem para fazer valer os seus direitos,
mas para chegar a esse movimento é preciso que a categoria esteja
mobiliza e unida ao sindicato. Quem faz a greve é o trabalhador,
por isso participação da categoria é importante para se alcançar a vitória”.
*Estefania de Castro, assessoria de imprensa,
Sinpospetro-RJ.
