HELIO FERNANDES - Via blog do autor -
Existem os mais variados
assuntos na pauta do dia-a-dia, todos explosivos. O Lava-jato, que ninguém sabe
quando começará a atingir personagens em cargos de alta importância. A votação
as Medidas Provisórias que restringem direitos dos trabalhadores. E as MP que
podem impedir ou diminuir o chamado “ajuste fiscal”, com tremendos efeitos
colaterais.
E não apenas esses, pois o
conflito entre os Poderes que pela constituição teriam “que ser harmônicos e
independentes entre si”, se transformam em confrontos quase que permanentes.
E o extravagante é que os
principais cargos do Legislativo são destinados pelo PMDB, dito ou havido como
o primeiro partido da base.
Agora depois de dezenas de
anos engavetados, surgem na pauta, em caráter de urgência, os projetos chamados
de reforma política ou partidária, com os mais diversos itens, interesses,
conflitos, contradições, confrontos.
Distrital, Distrital Misto,
voto em lista, fim das coligações dos partidos, fim da reeleição do presidente
da República e dos governadores, financiamento público de campanha,
financiamento privado ou então misto, Fundo Partidário só depois da eleição e
para partidos com representatividade, desaparecimento do horário “gratuito” de
televisão e muito mais.
Só que ninguém tocou nem de
longe o mais importante, que afeta todos ou qualquer um dos itens citados
acima. Trata-se do regime ou sistema sob o qual o país deseja viver.
Todos os itens que arrolei
não serão votados, ou então haverá o habitual troca troca.
Anteontem. Eduardo Cunha já
deu a habitual demonstração de força, desativou a Comissão Especial que trata
ou tratava do assunto, determinou que o assunto será votado diretamente no
plenário.
Isso é inédito, jamais um
assunto foi para o plenário sem ter sido votado na Comissão. Mas também é
verdade que jamais um lobista confesso e assumido como Eduardo Cunha chegou a
presidente da Câmara.
Haja o que houver não há
possibilidade de o melhor, só pode piorar. E a população de um país com 206
milhões de habitantes assumirá que o regime vigente é o PRESIDENCIALISMO ou o
PARLAMENTARISMO. Em 6 de janeiro de 1963, houve um referendo entre os dois
sistemas, ganhou o PRESIDENCIALISMO. A Constituição de 1988 (a Cidadã) foi toda
encaminhada para ser PARLAMENTARISTA. Na hora da votação final ficou sendo
dupla, PRESIDENCIALISTA PARLAMENTARISTA. Enquanto não fizerem uma cirurgia
partidária, decidindo por uma, não haverá nem governo nem oposição, apenas o
caos.
Ontem á tarde continuaram
desperdiçando tempo, uma inutilidade que têm de sobra e podem desperdiçar á
vontade, começaram a votar. Mas não chegarão a lugar algum. Não representam
ninguém.
Resposta
Marcio Grimaldi, tudo o que
você disse sobre o Flamengo é rigorosamente verdadeiro. Sou sócio proprietário
mais antigo do clube, membro do Conselho deliberativo várias vezes.
Nem vou ao Flamengo há cinco
anos, desde que fui atropelado na Lagoa por uma bicicleta em alta velocidade.
(Nada disso impede uma análise isenta do que acontece no Flamengo).
(Corri na Lagoa, no Jardim
Botânico, na praia, no Parque Lage, na rua, por mais de 70 anos, diariamente,
agora não posso andar). Marcio Braga jamais trabalhou na vida.
Ganhou um Cartório do
Juscelino para a assumi-lo foi preciso ser bacharel. Não era, colocou um
apaniguado, se matriculou numa Faculdade Fluminense, (FF) que depois se
transformou em PP, (pagou passou).
Ele e Kleber Leite
arruinaram o Flamengo, pelo menos financeiramente. Agora com Bandeira de Mello
(que está recuperando as finanças do Flamengo, mas demonstra não querer novo
mandato em novembro) Marcio reapareceu e lançou Kleber para presidente.
(Seu último mandato foi há
20 anos, em 1995) quando demitiu Luxemburgo. Agora para mostrar que são os
mesmos, tramaram a saída do também ultrapassado técnico. A solução seria
reeleger Bandeira de Mello, mesmo contra a vontade dele. Marcio e Kleber nunca
mais.
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