ALCYR CAVALCANTI -
Nada mais sujo do que dinheiro lavado. O Brasil é um dos
países com uma das maiores cargas tributárias do mundo. Diretora do FMI vem ao
Brasil para fiscalizar o arrocho.
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| Painel do sonegômetro no Largo da Carioca. |
"Lavagem de dinheiro" é uma expressão usada quando
somas de dinheiro que tem sua origem no narcotráfico, no contrabando,
tráfico de armas, roubo, propina, corrupção ou sonegação de impostos
entram na economia formal com aparência legal.
O Painel do Sonegômetro foi montado no Largo da Carioca para alertar a
população dos prejuízos causados pela lavagem de dinheiro, pela
sonegação de impostos e também pela denúncia do sistema tributário
atual, que penaliza em especial os cidadãos de baixa renda. Às 11 da
manhã de sexta dia 22 de maio o painel marcava mais de R$ 200 bilhões
em sonegação. Como é possível que pessoas com salário de pouco mais de
R$ 2.000 paguem imposto de renda, que deveria ser chamado imposto
salarial. Como é possível que um professor que ganhe pouco mais de R$
4.500 pague quase 30% além de um desconto em folha? Além do mais a saúde
está um caos, além de um descaso absoluto pela educação.
O agiota-mor de plantão ameaça a população com aumentos extorsivos nos
impostos, e o Planalto assiste a tudo isso com "cara de paisagem".
Enquanto isso a diretora do Fundo Monetário Internacional-FMI Cristine
Lagarde elogia o arrocho salarial e o aperto também chamado de ajuste
fiscal, passeando pela miséria do Complexo do Alemão ao som dos
atabaques. Pena que a visita foi durante o dia, ao sol de 40 graus e não
depois das 20 horas quando a "rapaziada do dedo" sai das tocas e começa
o toque de recolher. Aí ninguém é de ninguém.
