Por CLÁUDIO HUMBERTO - Via Diário do Poder -
Após minuciosa investigação no BNDES, uma força-tarefa do
Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão de mais de 60 suspeitos. O caso
é tratado sob sigilo, mas, segundo fonte ligada às investigações, o MPF devassa
operações do BNDES no Brasil e também no exterior, além dos aportes bilionários
que o tornaram sócio de empresas. Os pedidos de prisão incluem executivos do
banco e de grandes corporações.
Ainda não há estimativa dos desvios ocorridos no BNDES, mas
representariam várias vezes os R$ 6,2 bilhões roubados da Petrobras.
A Justiça pode não atender os mais 60 pedidos, mas espera-se
que muitas prisões sejam decretadas na investigação do BNDES.
O MPF esquadrinha os principais negócios realizados à sombra
ou com recursos tomados pelo BNDES junto ao Tesouro Nacional.
Além de desvios, são objetos da investigação denúncias de
tráfico de influência e de pagamentos indevidos a executivos e a políticos.
Para Cristovam, PDT se sente um ‘marido traído’
A reunião do PDT para discutir o rompimento com o governo Dilma teve
uma divergência curiosa. Primeiro o senador pró-governo Telmário Mota
(RR) fez uma comparação de gosto duvidoso ao afirmar que o afastamento
parecia coisa de “marido que abandona a mulher com câncer”. Cristovam
Buarque (DF) divergiu. Para ele, o PDT se sente na verdade na posição de
marido traído, e com quatro “amantes”.
Cristovam enumerou os “ricardões” do PDT: o vice Michel Temer, o
ministro Joaquim Levy (Fazenda), Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
A executiva nacional do PDT tem 30 dias para examinar se é caso de
continuar apoiando o governo, mas a decisão final será em agosto.
O PDT não quer perder boquinhas no governo. Vai observar a evolução
do desgaste de Dilma, mas só romperá se o declínio dela não reverter. Leia mais na Coluna
Cláudio Humberto
