Por JUCA KFOURI - Via Uol Esporte -
Não deu nem para o começo.
Mentira.
Para o começo deu, porque, de cabeça, aos 7 minutos, o zagueiro marroquino Benatia subiu e fez 1 a 0 para o Bayern Munique.
Mais de 70 mil torcedores enlouquecidos não gritavam. mas pensavam: “Ich glaube!”, “Eu acredito!”.
Mas
21 minutos depois já estava 2 a 1 para o Barcelona, dois gols do
endiabrado Neymar, ambos em passes de Suárez, os dois lances iniciados
por Messi, primeiramente pelo chão numa enfiada genial do argentino,
depois pelo alto, de cabeça para o uruguaio servir o craque brasileiro.
Além
do holandês Robben e do francês Ribéry no ataque, o Bayern se ressentia
da falta do lateral-esquerdo austríaco Alaba, porque pela direita o
time catalão pintava e bordava.
Para silenciar de vez a arena de
Munique, o goleiro alemão do Barça, Ter Stegen, fazia defesas
magistrais, uma delas, em dois tempos, num chute à queima-roupa do
polonês Lewandowski que quase ultrapassou inteiramente a linha fatal.
Quando
o intervalo chegou os donos da casa teriam que fazer 6 a 2 para ir à
capital alemã, no dia 6 de junho, para jogar a final da Liga dos
Campeões da Europa, contra o Real Madrid ou a Juventus de Turim.
Parecia impossível. E era mesmo.
Pedro voltou no lugar do garção Suárez, lesionado na coxa esquerda, no segundo tempo.
O
Bayern jogava por sua dignidade e o Barcelona para descansar pensando
no Atlético de Madrid, contra quem jogará no domingo, na capital
espanhola, para ser campeão nacional caso vença, embora uma anunciada
greve possa antecipar o 23o. título blaugrana.
E a honra alemã não
é pouca, capaz de comemorar um empate brilhante dos pés de Lewandowski
depois de tirar o argentino Mascherano para dançar e finalizar colocado,
da entrada da área, inapelável: 2 a 2.
O problema germânico era óbvio: faltavam quatro gols e meia hora de jogo.
Um gol a cada sete minutos e meio só a seleção alemã, no Mineirão…
O terceiro gol bávaro, de Thomas Müller, veio quando faltavam 18 minutos para o jogo terminar.
Faltavam três gols, um a cada seis minutos…
Dar, dava, mas não deu.
O 3 a 2 final honrava o fabuloso BM, que seguiu até o fim, feito um torniquete.
O Bayern fez os três gols de que precisava para levar o jogo à prorrogação, mas tomou os que não podia sofrer.
Se no primeiro tempo o jogo foi equilibrado, no segundo houve apenas um time em campo.
Se bem que, nos acréscimos, Neymar teve a chance do empate, mas preferiu passar para Messi e o fez mal.
O
mundo agora quer ver os dois gigantes espanhóis em Berlim, no que será a
segunda decisão hispânica seguida da Liga, depois da final entre os
dois grandes de Madrid no ano passado, em Lisboa.
Modestamente, o blogueiro torcerá para que seja contra a bianca e nera Juve, de Carlitos Tevez.
