INFORMAÇÃO LIVRE

23.5.15

A "GUERRA DO RIO" PARTE III. ASSALTOS EM TODA CIDADE, FOTÓGRAFO FERIDO DURANTE INVASÃO POLICIAL EM NITERÓI

ALCYR CAVALCANTI -


A Política de Segurança do Estado do Rio de Janeiro tem se mostrado de uma rara ineficiência. O repórter fotográfico Marcos Vieira foi atingido por tiros de fuzil durante invasão policial no Complexo do Viradouro em Niterói. Assaltos em toda a cidade, mortes diárias em favelas ocupadas pela policia, e que deveriam estar pacificadas. A população pergunta: "Para que serve a UPP?".

A política de segurança veio a reboque do Plano Colômbia, copiando um modelo feito para acabar com as FARC  e o narcotráfico, principalmente contra os cartéis, em especial o Cartel de Cali e o que restou do Cartel de Medellin após a morte de Pablo Emilio Escobar. As FARC e o narcotráfico continuam, contrariando os dólares americanos. As autoridades sabem, ou deveriam saber que a realidade da "Cidade Maravilhosa" é bem outra, ou como diria um gerente de ponto de vendas de drogas: "Aqui o buraco é mais em baixo". Em uma cerimônia estranha e inusitada, se for analisada friamente, o prefeito Eduardo Paes foi homenageado em Medellin pelo "sucesso" de sua administração, e o êxito da UPP Social. Como diria um prefeito que reinou durante anos na cidade: "Tudo não passa de um mero factoide". Estatísticas apregoam o declínio da criminalidade, o que parece não corresponder à realidade. Os assaltos a arma branca, facas, tesouras estiletes disparam, áreas de lazer se transformam em zonas de guerra. Nas cidades vizinhas, Niterói, São Gonçalo e  da Baixada Fluminense criminosos aterrorizam os moradores, que se sentem desprotegidos. Com um aumento impressionante da desigualdade social, o número dos sem teto, sem trabalho, sem nenhuma perspectiva tem aumentado sem nenhuma resposta dos governantes em tempos de crise, que só pensam em empregar seus possíveis lucros que acreditam possam vir dos megaeventos que estão por vir.

Niterói que já foi uma cidade modelo, sofre um aumento vertiginoso dos índices de violência, devido a um fator que não foi levado em conta (ou foi levado em conta) pelas autoridades policiais, que fizeram tudo a toque de caixa para "enxotar" a criminalidade para longe da cidade sede da Copa 2014 e das "maiores Olimpíadas que o mundo já viu", conforme apregoam os donos do poder. Fica uma pergunta com ares de cobrança, "Cadê a Pátria Educadora, Cadê a UPP Social?"