11.10.16

ESTUDANTES OCUPAM PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM SÃO PAULO CONTRA PEC DOS GASTOS

Via Jornal GGN -
Cerca de 80 estudantes ocupam o prédio da presidência da Repúbica, em São Paulo, em protesto à votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 241, que ocorre na Câmara dos Deputados, nesta segunda (10). A ideia central da PEC é estabelecer um teto máximo para os gastos públicos pelos próximos 20 anos, o que pode reduzir os investimentos em saúde e educação.
Os estudantes, que prometem só deixar a sede da Presidência na Avenida Paulista quando a PEC sair de pauta, também levantam bandeiras contra o projeto "escola sem partido" e da MP da reforma do ensino médio. Além disso, eles denunciam a "mercantilização da educação, os retrocessos nas políticas educacionais com o Fies, o ProUni e as cotas e a falta de diálogo e o autoritarismo do governo golpista de Michel Temer e do Ministro [da Educação] Mendonça Filho", diz a UNE (União Nacional dos Estudantes).
Além da UNE, fazem parte da organização da ocupação a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e outros movimentos sociais.
Segundo informações da Mídia Ninja, a Polícia Militar já foi acionada.
Nota
Contra a PEC 241, estudantes ocupam escritório da Presidência em São Paulo
Somando-se aos protestos e ocupações que ocorrem em todo o país contra a PEC 241, estudantes tomaram o terceiro andar do prédio da Presidência da República em São Paulo; diretor da UNE diz que o objetivo é pressionar os deputados a votarem contra a proposta
Por volta das 18h desta segunda-feira, cerca de 100 estudantes ocuparam o escritório da Presidência da República em São Paulo, localizado na Avenida Paulista, no número 2163, próximo ao metrô Consolação, na região central da cidade. Eles estão neste momento no terceiro andar do prédio.
Os diretores da UNE, Graziele Monteiro e Mateus Weber, participam da ocupação. A polícia militar já cercou o prédio e tenta um mandato de reintegração, mas até o momento a manifestação segue pacífica. Segundo Weber, os acessos a banheiros e água foram liberados.
Em apoio aos estudantes, diversos movimentos sociais e populares se dirigiram rapidamente para a porta do local e fazem vigília com objetivo de garantir a integridade dos ocupantes. Nas redes sociais, a UNE pede doações de água, alimentos e materiais de higiene.
“A nossa geração que conquistou uma nova universidade, mais acessos para todos e que pede uma reforma de verdade do ensino médio e não essa que está aí tem o direito de protestar contra um governo golpista que quer acabar com os investimentos públicos em áreas importantes como a educação”, destacou Graziele.
O protesto faz parte de uma série de manifestações que desencadeou desde o início do mês de outubro diversas ocupações em escolas de todo o Brasil contra a votação da PEC 241/16. A Proposta de Emenda Constitucional congela os gastos do governo pelos próximos 20 anos e vai afetar áreas sensíveis como a educação, a segurança e a saúde, com prejuízos graves para os mais pobres que dependem de serviços públicos.
De acordo com Weber, o objetivo dos estudantes é permanecer no interior do prédio durante toda a votação da PEC na Câmara dos Deputados, processo que teve início na tarde desta segunda-feira (10/10) e deve adentrar a madrugada.
“Já temos apoio fora do prédio e aqui dentro pretendemos resistir para pressionar os parlamentares a votar contra a PEC 241”, relatou o diretor da UNE.
Os estudantes reivindicam o fim da PEC 241, do projeto escola sem partido e da MP da reforma do ensino médio; além de denunciarem a mercantilização da educação, os retrocessos nas políticas educacionais com o Fies, o ProUni e as cotas e a falta de diálogo e o autoritarismo do governo golpista de Michel Temer e do Ministro Mendonça Filho.
Organizam a ocupação a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e outros movimentos sociais.