Via Agência Petroleira de Notícias -
Raphael Martinelli, ao lado de Maria Prestes, falou sobre as dificuldades da luta nos tempos da linha dura imposta pelos ditadores-torturadores. |
Depois da concorrida estreia em São Paulo, no Memorial
da América Latina, o filme foi lançado no Rio, no emblemático dia 11 de
setembro, com a casa lotada.
Os Irredentos reúne 20 personagens, perseguidos pela ditadura
empresarial-civil-militar, no Brasil e na Argentina. O recado dos velhos
militantes às novas gerações resume-se à ideia de que lutar não só vale à pena
como é o único caminho possível. Mas o filme é também um importante registro
histórico de um tempo de horror que os mais jovens precisam conhecer para que
não se repita.
Em São Paulo, dentre as muitas presenças, estava a viúva de Carlos Marighella,
Clara Marighella. No Rio, a viúva de Luís Carlos Prestes, Maria Prestes,
prestigiou o lançamento. O documentário foi dirigido por Dario Santinni.
Os produtores, Paulo Gomes Neto (ex-preso político, militante da ALN) e Geraldo
Sardinha (ex-preso político, militante do PCBR, PCdoB e MLN), lembram que esse
já é o segundo documentário que realizam sobre militância política. O primeiro
foi “Calabouço 1968 – Um tiro no coração do Brasil”, sobre o assassinato do
estudante Edson Luís, em março de 1968, oito meses antes do famigerado AI-5.
No Rio, depois do filme houve debate com participação de alguns dos personagens
“Irredentos” – que não se rendem nunca: Maria Prestes, Raphael Martinelli,
brigadeiro Paulo Mello Bastos, jornalista Dulce Tupy, Pedro Alves, os
argentinos Pablo Videla e Julio Santucho, os produtores Paulo Gomes Neto e
Geraldo Sardinha e o petroleiro Francisco Soriano.
O Sindipetro-RJ foi um dos apoiadores de “Os Irredentos”, ao lado da Rede
Democrática, jornal O Saquá, Memorial da Resistência de São Paulo. A
colaboração do Levante Popular da Juventude merece destaque.
A TV Petroleira esteve presente ao lançamento na OAB-RJ.