ALCYR CAVALCANTI -
A presidente Dilma Roussef passou o final de semana reunida com
ministros e assessores para implantar o pacotão recessivo imposto pelo Fundo
Monetário Internacional-FMI.
As exigências do FMI vão aprofundar a crise
política e não vai resolver os problemas econômicos de um país, que já foi a
oitava economia mundial. O pacote vai atingir principalmente áreas que deram
sustentação popular à presidente, programas sociais como Bolsa Família, verbas
para educação e saúde e Programa de Aceleração do Crescimento que vão deixar os
moradores de favelas e zonas periféricas entregues somente à repressão
policial, para exercer controle social, evitar a revolta dos
despossuídos.
O pacote não vai atingir as elites orgânicas que detém o capital
e não querem abrir mão de nem um centavo.
O ministério Dilma é um "saco de
gatos" onde cada um tem uma orientação político/social e só pensa em si
mesmo, em auto sobrevivência. Existe um embate entre os que querem somente cortar
gastos e os que querem somente aumentar impostos, e no meio de tudo isso 95% da
população vai sofrer e a minoria de 5% mas que detém as finanças, serão os
únicos beneficiados.
Nas favelas cariocas predomina a descrença e a decepção
com a interrupção das obras do PAC, com o não comprimento das promessas de
campanha, e principalmente com a repressão policial cada vez maior e a falta de
postos de trabalho e um desemprego acelerado.
A semana que começou ontem, deixa em todos nós sérias dúvidas de como vai ser o
amanhã e os dias que virão com a implantação pela goela a dentro do Pacotão do
FMI.