Por CLÁUDIO HUMBERTO - Via Diário do Poder -
Policiais paulistas custam a acreditar que houve mesmo um “atentado a bomba” à sede do Instituto Lula, dias atrás, e apuram inclusive se tudo não passou de “armação” de petistas para desviar a atenção da Lava Jato e das manifestações marcadas para o próximo dia 16, em todo o País, contra o governo Dilma. “Não podemos descartar nenhuma hipótese”, adverte um dos delegados envolvidos na investigação.
Policiais desconfiam da bomba, caseira; do local, na calçada; e do horário do suposto atentado: nessa hora já não há ninguém no Instituto.
Em março, véspera de outra mobilização nacional contra o governo Dilma, houve “atentado” semelhante à sede do PT em Jundiaí (SP).
Policiais civis investigam “armação” no suposto atentado, mas também não descartam que um grupo de extrema direita tenha atirado a bomba.
O suposto atentado coincidiu com a negociação de delações premiadas de Renato Duque (ex-Petrobras) e João Vaccari (ex-tesoureiro do PT).
FERNANDO MOURA FOI QUEM INDICOU RENATO DUQUE, LIGADO A DIRCEU
Em 25 de maio, esta coluna registrou espanto pelo fato de a Lava Jato ainda não haver chegado ao lobista Fernando Moura, um dos principais parceiros de José Dirceu, ex-ministro do governo Lula. Com a prisão de Moura, na 17ª fase, já não há motivo para espanto. Moura é tão ligado aos esquemas de corrupção do PT que identificou, entrevistou e sugeriu Renato Duque para a diretoria de Serviços da Petrobras.
Renato Duque colocou a diretoria de Serviços da Petrobras dedicada aos interesses do PT no Petrolão. Deu no que deu.
Muito discreto, o lobista Fernando Moura acabou deixando o Brasil há vários anos, fixando residência em Miami.
Fernando Moura foi chefe do lobista Milton Pascowitch no Petrolão. A delação premiada de Pascowitch ajudou a PF a chegar a Moura.



