HELIO FERNANDES -
Ninguém
esperava o desastrado, desastroso, perigoso e assombroso discurso da Presidente
do Brasil, pregando "o dialogo (com extremistas - terroristas) para evitar
a barbárie da guerra". Alem de apoiar a contemporização e a negociação com
esses monstruosos criminosos, usou exatamente as palavras que deviam ser evitadas:
barbárie, barbaridade, bárbaros.
Logo
que a presidente brasileira terminou a fala que provocou perplexidade geral e
mundial e deixou exposto o maior desgaste para o país na Historia da ONU, será
vez do presidente dos EUA.
Serio
concentrado, inflexível, sem olhar para ninguém ou para qualquer lado, começou:
"Não ha conversação ou negociação com esses criminosos, que só entendem a
linguagem da força" e foi até o fim nesse roteiro, que já formou uma
coalizão de 26 países, sendo que cinco, árabes. Enquanto Dona Dilma saiu em
silêncio, Obama foi aplaudido, o que não é comum nas Assembleias da ONU.
A de
agora, é a reunião de número 69 dessa Organização das Nações Unidas. Foi criada
ainda em 1945, quase no final. A chamada segunda Guerra Mundial, que na verdade
com o titulo e a condição de mundial, só essa, acabou em 8 de maio de1945, por
isso a comemoração dos 69 anos.
Havia
uma grande preocupação de não repetir o fracasso da Liga das Nações, criada
logo depois da guerra de 1914 a 1918, tão endeusada agora. Mais nem a guerra
quase e apenas europeia, e a liga que veio a seguir, deixaram rastros ou traços
pelos caminhos da Historia.
A honra do Brasil
Apesar
de criada no final de 1945, a primeira grande reunião aconteceu em 1947, com a
participação do Brasil, que acabava de sair de uma ditadura de 15 anos.
Respeitado admiração o Brasil, por proposta aprovada por unanimidade foi
homenageado de forma gloriosa: "Seu presidente da Republica ficaria com a
obrigação e direito de fazer o discurso de abertura".
E no
ano seguinte, 1948, o Embaixador do Brasil nessa ONU que se formava, foi eleito
presidente. Seu nome, Osvaldo Aranha. Extraordinária figura, que não chegou a
presidente, apesar de ter sido Ministro de todas as pastas, porque Getulio
Vargas, nesses 15 anos, jamais fez eleição.
A
presidente do Brasil ao falar, devia ter lembrado (ou estudado pelo menos no
Google) o passado do Brasil nesse órgão. Se soubesse, não poderia defender
"dialogo" com bandidos como esses. Mas como é difícil mudar depois
dos 40 anos , a presidente do Brasil sujeitou o país á desmoralização
internacional, com o discurso lancinante. E de que forma pode modificar as
coisas, a sensação de panico, de medo, de susto permanente? Com quem o
presidente do Brasil tentará ou tratará de seus D-I-A-L-O-G-O-S ?
Os
terroristas-extremistas tinham e têm reféns da FRANÇA, pediram 120 milhões de
dólares para não decapita-los e devolvê-los. O presidente da França. François
Hollande, afirmou o óbvio: " Não pegaremos nada, e hoje mesmo
continuaremos o bombardeio. Podia ter falado com Dona Dilma, quem sabe seus
DIALOGOS pelo menos fizesse baixar o pedido e o preço?
Os EUA não quiseram pagar, a Grã-Bretanha também não, quem pagar
será o vilão da tranquilidade do mundo. Não há "negociação ou
conversação" , disse o presidente dos EUA. E este repórter acrescenta:
"Se algum país, um presidente ou Primeiro Ministro, pagar, estará aberto
o mercado do assassinato. Ficará dependendo da " conversação ou
negociação". É o DIALOGO, proposto pelo Brasil. Que lamento e que
tristeza, através de seu próprio presidente.
O terror do Futuro
Terroristas
provocam terror. O representante do Irã, afirmou: "Esses extremistas-
terroristas, querem acabar a civilização". Ganhou aplausos, palmas e
manchetes de louvor no mundo inteiro. O presidente do Iraque fez a advertência
que pela convicção de país pacifista, fosse feita pelo Brasil. “Ataques,
invasões ou explosões de metrôs em Paris ou Nova Iorque, podem acontecer a
qualquer momento".
Não
entendi porque também não incluiu os de Londres. O primeiro Ministro Cameron da
Grã-Bretanha , já havia ordenado bombardeios antes de outros. E continua
bombardeando. E não apenas esses países.
Não
existe distancia impossível para os criminosos. Nem o medo da impunidade, pois
o que eles querem é assassinar. De preferencia da forma mais inaceitável (todas
são) que é a degola, a decapitação, a separação da cabeça do resto do corpo,
qualquer que seja o modo utilizado.
Esses
terroristas-extremistas também não precisam de dinheiro. Têm recursos
extraordinários , que vem da abundancia do petróleo. Vendem esse petróleo e uma
parte dessa venda, já é recebida em armas. Por isso, suas ameaças não podem ser
desprezadas. O EUA, Grã-Bretanha, França, Turquia e outros países com Serviços
de Inteligência importantes e competentes, estão obrigados a descobrir,
localizar e responsabilizar esses que compram armas pagando com petróleo, ou
vendendo petróleo e recebendo armas. Isso é fundamental.
O discurso eleitoreiro, e o desacerto
diplomático
Tenho
que terminar, mas não posso deixar Dona Dilma abandonada, falando na mais alta
tribuna do mundo, mas de olho num eleitorado municipal. Discursava fixada nas cameras
do marqueteiro João Santana, que gravava tudo para o horário eleitoral.
O
Itamarati em silêncio diante de tanta infelicidade ou imprudencia, assombrando
com tanto desgaste, desprestigio e desalento diante do mundo. E a alta cúpula,
sem poder dizer uma palavra, tendo até que ratificar o discurso inteiro de Dona
Dilma.
Que fase a do Itamarati. O chanceler e a alta cúpula deveriam pedir demissão em grupo, repudiando o que disse a presidente, que cometeu crime de leza - pátria.
Mas acredito que ela ainda prefere que seu discurso na ONU, seja rotulado,
identificado e julgado com uma única palavra: BURRICE. Foi isso e não
imprudência ou infelicidade.